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Há uma mulher aqui, entre os escombros

Há uma mulher aqui, entre os escombros Há um corpo, há consciência - quase sempre Há mais sede que fome, mas muita sede Sob a viga destacada e caída Há uma mulher Ela não geme, ela não grita, ela não reclama Ela não, ela nem, É verdade que dói e inflama Mas ela sequer sangra Há uma mulher Debaixo dos sonhos e das angústias dos salvadores Dos bravos, dos nobres Dos não violentos e perfeitamente médios, por isso, Esplêndidos como a lua Acostumados a se iluminarem de luzes outras E com os dia que passam incólumes e ridículos Há homens Eles abrem mapas, cachorros farejam Localizadores localizam Veios vogam corporativismos E afetos, únicos, só deles Amáveis entre si, comemoram seus esforços Brindam, sentados sobre a viga-mãe Se felicitam Homens O grande acidente de todos Mesmo que em massa, percebam, é uma oportunidade Construir algo novo, sabe?  Acima, piso sobre piso Assim caminha a humanidade Mas-- Sim, há uma mulher sob os destroços O vozerio dos homens sopra como uma estática dista...

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