Espelho

Não chega de vez e me consome, é cruel
Porque mesmo tentando distrair minha mente
Eu crio esse universo onde habitam lembranças irreais
De alguém que acho que conheço sempre, mais

Minha imaginação estanque alimenta
Seus gritos, dentro da minha alma
E eu, que coleciono ceticismos e desconfortos,
Permaneço em silêncio, inerte
Com medo de mim e de minhas conjecturas

Não tenho nada além de uma folha em branco e pensamentos
Nada além de sonhos aparentemente estúpidos.
Finalmente, me obrigo a te poupar de mim
 [te rasgaria o interior, eu sei]

Agora fala comigo e acalma a minha loucura,
Que tudo se faça real para que os sonhos se desfaçam.
Para que eu possa te aceitar assim,
Constelação de ilusões poéticas

Sua dor criou em mim um ninho de estranhamento platônico
Me fez sentir a força do rio que me atravessa e me omite.
O seu silêncio dilacera, mas é justo

Então, fiquemos em silêncio para escutar a razão.
Mas, antes, fala comigo e acalma a minha loucura

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