O circo e a Peste


Acendeu o cigarro e cruzou a esquina
Neblina
Primavera na cabeça e nos dentes
Nostalgia sódica e futuro trôpego

Uma picada certeira, no fundo da existência
Desistência
A porra de uma porta insistentemente no caminho,
Que não leva a lugar nenhum

Volto ao meu corpo morto, ao passo que transbordo
Acordo
Paz dos espíritos livres sob os escombros
A mentira do dia, a retórica do mesmo

Lanço a mente trágica sobre a peste
Um teste
Para um teatro medíocre e cruel
Desdobramentos bugres de uma quase consciência

Merda, sangue, merda e um vôo rasante
Infante
Memórias poéticas de tempos imemoriais
E uma velha estripulia em um picadeiro que não é meu

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